quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PROJETO DE LEITURA

Título: Professor Leitor

Problema: Professores desmotivados para a leitura.

O que sabemos: Os professores de modo geral, não tem o hábito de ler.

O que queremos: Construir a prática da leitura de diversos gêneros textuais.

O que vamos fazer e como vamos fazer:
- Momento da leitura;
- Momento de contos, crônicas e poesias;
- Socialização das diversas produções;
- Apresentação das produções;
- Registro das produções;
- As produções serão arquivadas para análises e reflexões posteriores.

Cronologia: 08 horas.

Envolvidos: Todos os professores da unidade escolar.

Avaliação: Será analisado a mudança de comportamento relacionado à leitura a partir da aplicação do projeto.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Incentivo à Leitura

Ler, principalmente nos primeiros anos da escola é uma atividade tão importante quanto a produção de textos, ou talvez até mais importante. A leitura nos proporciona crescer intelectualmente e nos tornar sujeitos críticos num mando complexo e em constante mudança.

A escola possui importante papel de intermediar o processo da leitura proporcionada e oferecendo condições para que a mesma se concretize. Como educadora de Educação Infantil, procuro mostrar aos meus alunos, antes de tudo, que ler é uma atividade muito interessante e gostosa de fazer. Pro isso, leio sempre muitas histórias (dos clássicos e outras...). Passo a eles as letras dos contos, parlendas, poesias que ensino (sempre escrita com folha/ofício) e realizamos a leitura coletiva. Deixo meus alunos manusear vários tipos de materiais escritos e com gravuras: livros didáticos, jornal, revistas: de moda, de venda de produtos (avon, natura...) quebra-cabeça, jogo da memória etc...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Contos Africanos

Os mitos são realmente , as histórias que curam. Isso porque nos são mais do que o desfecho moral que aprendemos associar, há muito tempo, às quadrinhas infantis e aos contos de fada. Lidos apropriadamente, os mitos nos deixam harmonizados com os eternos mistérios do ser,nos ajudam a lidar com as inevitáveis transições da vida e fornecem modelos para o nosso relacionamento com as sociedades em que vivemos e para o relacionamento dessas sociedades com o mundo que partilhamos com todasas formas de vida (FORD, Clyde W. O herói com o rosto africano. Mitos da África).

O objetivo deste texto é ressaltar a importância dos contos, orais e escritos, africanos e afro-brasileiros, destacando-os como marcas das experiências humanas de um povo ao longo dos tempos. São narrativas com rosto africano.

A história e a memória de vários povos africanos adentram e permanecem como parte de nossa cultura. Cultura essa materializada, em especial, na literatura oral expressa pelos mitos, lendas, provérbios, contos etc., ou, ainda, servindo como base da literatura escrita desta natureza.

No Brasil, uma das matrizes que informam a tradição oral diz respeito às influências dos africanos aqui escravizados que para cá vieram, guardiões e guardiãs responsáveis por recriar a memória dos fatos e feitos de seus antepassados, ressignificando a vida nos novos lugares de morada. Foram também poetas, músicos, dançarinos, estudiosos, mestres, conselheiros, denominados, de modo geral, como contadores de histórias.
Tal é a importância da palavra na África que existe um papel específico desempenhado pelos profissionais da tradição oral – os griots – pessoas que têm o ofício de guardar e ensinar a memória cultural na comunidade. Eles armazenam séculos e mais séculos de segredos, crenças, costumes, lendas e lições de vida, recorrendo à memorização. Existem também mulheres que exercem essas funções, conhecidas como griotes. Hampâté Bâ comenta sobre uma célebre cantora, Flateni, antiga griote do rei Aguibou Tall, cujos “cantos arrancavam lágrimas até dos mais empedernidos” (2003, p. 255). Há ainda outras categorias de contadores de histórias na África, como os Doma 3 , tidos como os mais nobres contadores, porque desempenham o papel de criar harmonia, de organizar o ambiente e as reuniões da comunidade. Eles jamais podem usar a mentira, pois isso faria com que perdessem sua energia vital, provocando um desequilíbrio no grupo ao qual pertencem ( Caderno de Educação – África Ilê Aiyê, 2001).

A tradição oral pode ser vista como uma cacimba de ensinamentos, saberes que veiculam e auxiliam homens e mulheres, crianças, adultos/as velhos/as a se integrarem no tempo e no espaço e nas tradições. Sem poder ser esquecida ou desconsiderada, a oralidade é uma forma encarnada de registro, tão complexa quanto a escrita, que se utiliza de gestos, da retórica, de improvisações, de canções épicas e líricas e de danças como modos de expressão.
Todos nós temos histórias para contar, imersos que estamos, ainda que por vezes sem perceber, no patrimônio cultural informado por mitos, lendas, provérbios, contos, canções, sátiras de todas as matrizes.

As narrativas orais expressam hábitos e valores cujo compartilhamento se dá no ambiente familiar, religioso, comunitário, escolar. Todo este patrimônio está no corpo e na mente das pessoas, onde quer que elas estejam.
As narrativas literárias são textos estéticos, lúdicos, que suscitam a criatividade, o imaginário da/o leitora/or. Nesse tipo de texto predominou uma referência a se seguir, em que as personagens brancas reinavam como padrão de representação literária e, por muito tempo, esse modelo ocidental eurocêntrico foi quase que exclusivo. Esse contexto vem sendo alterado pelas ações dos movimentos sociais negros, pelas influências de novas visões e concepções de educação, além dos dispositivos legais que atualmente orientam os currículos das escolas.

Há, atualmente, vários livros publicados que se propõem a desvendar o universo de algumas culturas africanas e da afro-brasileira. Só para citar alguns temos: Bichos da África , Volumes I, II, III e IV, Contos ao redor da fogueira e Histórias africanas para contar e recontar , de Rogério Barbosa; Que mundo Maravilhoso , de Julius Lester; Bruna e a galinha d'Angola , de Gercilga de Almeida; A cor da vida , de Semíramis Paterno; Tanto, Tanto , de Trish Cooke; Chica da Silva , de Lia Vieira e As tranças de Bintou, de Sylviane Diouf. Existem outros dentro do mercado editorial, o qual tem se interessado pelo tema, apresentando novas opções.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

LENDAS

Mitos e Lendas do Brasil Folclore brasileiro, mitologia, contos e lendas populares, mitos e lendas do Brasil
Introdução
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Algumas lendas e mitos do folclore brasileiro:

Boitatá: Representada por uma cobra de fogo que protege as matas, florestas e os animais. Possui a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do
folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre José de Anchieta, em 1560. Na região Nordeste do Brasil, o boitatá é conhecido como fogo que corre.

Boto: A lenda do boto surgiu, provavelmente, na região amazônica. Esta figura folclórica é representada por um homem jovem, bonito e charmoso que seduz mulheres em bailes e festas. Após a conquista, conduz as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes da madrugada, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se num lindo boto.

Curupira: Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem: Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água: Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água: a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco: É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira: É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça: Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro: Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê: O saci é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.